O presente blog tem por objetivo o compartilhamento de materiais pedagógicos que auxiliem no combate a todos os tipos de violência e discriminação presentes no contexto escolar do Recanto das Emas/DF, proporcionando a instrumentalização de Coordenadores Pedagógicos e Professores.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Maioria na população, minoria no poder
O Censo de 2010 comprovou algo visível a todos: Negros/as ou pardos/as representam 50,7% da população brasileira. Entretanto sua participação política é desproporcional nos órgãos executivos do governo, como por exemplo, entre os deputados federais, restringindo-se à apenas 43, dos 513. No senado, a diferença é ainda maior, sendo apenas dois negros entre os 81 que compõe a bancada.
Buscando colocar em pauta a questão racial, principalmente entre os congressistas, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em conjunto com a Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas, organizou nessa terça feira, dia 6 de novembro, um seminário intitulado “a sub-representação de negras e negros no Parlamento Brasileiro”. Realizado na câmara dos deputados, o evento contou com aproximadamente 60 pessoas, sendo três delas deputados federais. Nenhum dos deputados era branco.
“O parlamento brasileiro tem cor e sexo. É o homem branco, heterossexual, proprietário e endinheirado. Essa foi uma das questões debatidas”. Assim, Eliana Magalhães Graça, assessora política do Inesc, explica um, entre os diversos temas debatidos no seminário. “Há a necessidade de uma reforma política que promova a inclusão. Porque isso que acontece no parlamento, acontece também nas casas legislativas, tendo uma consequência muito grande em relação às pautas. As que interessam a população negra são de difícil tramitação e aceitação.”
Assim como a lei da ficha limpa, a reforma política demanda uma forte pressão política vinda da população para ser concretizada, principalmente por haver diversos interesses particulares dos parlamentares para manter esse sistema. Afinal, muitos se elegem assim. Para Eliana Magalhães, a sociedade civil é decisiva: “Ou a gente se mobiliza, ou a situação vai continuar a mesma, essa repartição do poder vai continuar assim”.
Fonte: ABONG
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário