O presente blog tem por objetivo o compartilhamento de materiais pedagógicos que auxiliem no combate a todos os tipos de violência e discriminação presentes no contexto escolar do Recanto das Emas/DF, proporcionando a instrumentalização de Coordenadores Pedagógicos e Professores.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Frente pró-cotas critica plano das universidades estaduais
Por: Carlos Lordelo, do Estadão.edu
26/12/2012
Ativistas do movimento negro dizem que o projeto de criação de cotas na USP, Unesp e Unicamp será contestado na Justiça se parte dos cotistas for obrigada a fazer um curso de formação geral antes do ingresso na universidade.
Revelado pelo Estado, o plano foi elaborado pelos reitores a pedido do governador Geraldo Alckmin, como reação à Lei de Cotas federal. A ideia é reservar 50% das vagas para quem cursou todo o ensino médio em escolas públicas. Dessas, metade será para alunos com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa; e 35% para pretos, pardos e índios. O restante vai para os demais egressos da rede pública, independentemente da renda.
A estimativa do projeto é que 60% dos selecionados pelas cotas irão para a universidade diretamente após o vestibular e que 40% farão um curso a distância de dois anos de duração da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Eles garantiriam vaga na USP, Unesp ou Unicamp caso atingissem uma média ainda a ser definida pelas instituições.
Para o advogado Silvio Luiz de Almeida, ligado à Frente Estadual Pró-Cotas, mandar parte dos cotistas para o curso semipresencial é inconstitucional. “O governo fará uma discriminação negativa, tornando ainda mais cruel a situação de uma minoria”, diz Almeida. “Se esse projeto for aprovado, os movimentos sociais vão aos tribunais.”
A frente, que congrega cerca de 70 entidades, lançou nesta quarta-feira, 12, um manifesto contra o plano do governo estadual. Os militantes querem a entrada direta dos cotistas nas universidades, “sem etapas intermediárias”, e que a reserva de cadeiras pelo critério étnico incida sobre 100% das vagas.
O manifesto foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes e nas reitorias das universidades estaduais. O documento reúne 225 assinaturas de representantes de movimentos sociais, professores e estudantes.
Para os signatários do manifesto, o curso de formação geral - inspirado nos colleges norte-americanos - na verdade cria um degrau a mais para a inclusão de negros e pobres na universidade. Dirigente da Uneafro, rede de cursinhos populares, o professor de história da rede pública Douglas Belchior acredita que o college vai prejudicar principalmente alunos negros, que terão as piores notas no vestibular.
A frente quer que seja levado adiante um projeto de lei 530/2004, que tramita na Assembleia há oito anos e, segundo os ativistas, está pronto para votação.
ONU investe no combate ao racismo no mundo virtual
Por: Rádio ONU 26/12/2012 |
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As
Nações Unidas querem combater o racismo no mundo virtual. De acordo com
um relatório da União Internacional das Telecomunicações, UIT, dos 7
bilhões de habitantes do planeta, 2,4 bilhões usam a internet.
Relatório do Escritório para os Direitos Humanos mostra que apesar de a internet ser uma ferramenta positiva, ela também pode ser usada por grupos radicais para espalhar mensagens de ódio e discriminação racial. Segundo estudo preparado pelo relator especial do Escritório para os Direitos Humanos da ONU, Matuma Ruteere, a internet pode ser usada por grupos radicais para divulgar mensagens de racismo e ódio. Tecnologia Ruteere disse que com o avanço tecnológico, os websites extremistas continuam aumentando, não só em tamanho, mas também na capacidade tecnológica. Segundo o relator, esses grupos usam a internet para provocar violência racial, abusar de minorias e para recrutar novos membros. Intimidação Ruteere afirmou que a ONU está preocupada com a intimidação aberta feita por grupos radicais neonazistas pregando violência contra ativistas que combatem o racismo. O relator reconheceu que é difícil aplicar leis e regulações contra conteúdos ilegais ou inapropriados, porque os países têm legislações diferentes para lidar com esse tipo de problema. Recomendações O relatório inclui várias recomendações para reduzir a influência de grupos extremistas na internet. Ruteere alerta, porém, que os estados não devem adotar medidas que possam restringir o direito de liberdade de expressão de qualquer cidadão. |
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Projeto Estudar em Paz (Mediação Social no Contexto Escolar)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Casais homoafetivos poderão se casar em São Paulo a partir de fevereiro
Tribunal de Justiça aprovou norma que obriga todos os
cartórios a registrarem casamentos civil. Na maioria dos estados, falta
de lei federal ainda causa prejuizos
Publicado em 19/12/2012, 18:52
Última atualização às 19:19
“Agora todos os cartórios têm de acatar, porque alguns não faziam. O pedido precisa ser feito judicialmente. Agora os cartórios, queiram ou não, têm de aceitar. Os casais não precisam passar antes pelo união estável, assim como um casal homem/mulher que é noivo, que se casa, que faz os proclames. É igual”, afirma a advogada Lourdes Buzzoni.
Especializada em direito homoafetivo, ela acredita que as novas normas também igualam os procedimentos de divórcio, questão que ainda não foi esclarecida pelo TJ. Apesar do avanço garantido pela decisão, a ausência de uma lei que iguale o direito entre casais héteros e homoafetivos ainda pode causar problemas. Nos demais estados, pessoas do mesmo sexo podem ter de enfrentar processos judiciais para conseguirem oficializar suas uniões e desuniões. “Nós estados em um estado que já é permitido. Eu acredito que não vai haver problema para que se consiga o divórcio. Nos outros vai ser necessário entrar com processo. Mas isso nós teremos de ver na prática”, aponta Lourdes. “Uma lei federal taparia qualquer brecha. E valeria para todo país”, defende.
“O tratamento igualitário dispensado às uniões de pessoas do mesmo sexo, além de amparado no posicionamento consagrado pela Suprema Corte e também pelo Conselho Superior da Magistratura, prestigia a dignidade humana de parcela da sociedade, trazendo praticidade e facilidade para o registro”, esclareceu o órgão, via assessoria de imprensa.
Com a adoção na norma que obriga todos os cartórios a registrarem os casamentos, São Paulo entra para o seleto rol de estados que garantem o direito a homossexuais. Alagoas, Bahia e, desde o último dia 14, o Piauí já haviam criado regulamentos parecidos.
Percentual de mulheres com nível superior é maior que o de homens, mostram dados do IBGE
![]() | Por: Vladimir Platonow - Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro 20/12/2012 |
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Dados
do Censo Demográfico 2010, divulgados hoje (19) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a frequência nas
faculdades já é majoritariamente feminina, o que acaba se refletindo no
mercado de trabalho. Entre o total de pessoas com 25 anos ou mais, 12,5%
das mulheres e 9,9% homens tinham pelo menos o nível superior completo
naquele ano. No mesmo grupo etário, entre as pessoas ocupadas, a
diferença é ainda maior: 19,2% das mulheres tinham nível superior
completo, enquanto na participação masculina o índice era 11,5%.
Por outro lado, o percentual de pessoas sem instrução ou com o nível fundamental incompleto, com 25 anos de idade ou mais, é 49,3%. No ambiente urbano, o índice cai para 44%, mas nas áreas rurais chega a 79,6%. Na prática, significa dizer que oito em cada dez pessoas no campo, com 25 anos ou mais, têm no máximo o nível fundamental incompleto. O nível de empregabilidade está diretamente relacionado ao grau de ensino. O nível de ocupação das pessoas com 25 anos ou mais ficou em 51,8% para o grupo sem alfabetização ou com fundamental incompleto. Entre os que têm diploma de curso superior, o índice de ocupação chega a 81,7%. Entre crianças e adolescentes de 10 a 17 anos, a frequência escolar é inversamente proporcional à participação no mercado de trabalho. Segundo o IBGE, o nível da ocupação das crianças e adolescentes que não frequentavam escola atingiu 17,5% na faixa etária de 10 a 13 anos; 23,2% na faixa de 14 e 15 anos e 37,5% na de 16 e 17 anos. Já entre os jovens que estudavam, o número de trabalhadores era bem menor: 4,8% na faixa entre 10 a 13 anos, 11,7% na de 14 e 15 anos e 23,8% na de 16 e 17 anos. Fonte: UOL EDUCAÇÃO |
Jamie Foxx fala sobre racismo: "Como um negro, pra mim tudo é questão racial"
![]() | Por: André Nespoli 18/12/2012 |
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O
ator Jamie Foxx não teve problemas em falar sobre sérias questões
raciais na edição de dezembro de 2012 e janeiro de 2013 da revista Vibe,
na qual aparece na capa ao lado de Leonardo DiCaprio eKerry Washington,
seus companheiros em Django Livre (2012), dirigido por Quentin
Tarantino. A entrevista à publicação foi divulgada nesta sexta-feira
(14) pelo site Radar Online, e lá ele falou que sua vida é construída
sobre divisão racial.
“Sendo negro, digo que somos mais sensíveis. E eu sendo negro, pra mim é sempre uma questão racial. Venho a este lugar (a entrevista foi feita no evento de nomeação do Globo de Ouro) tirar fotos e eles têm bolachinhas com queijo, e eu penso: "Isso é uma porcaria. Vocês não sabiam que negros viriam? O que é essa porcaria de branco?" Pela mesma razão, se tiver frango frito e melão eu direi: "Isso não é uma porcaria?" Então, não importa o que faremos como pessoas negras, sempre será desse jeito”, disse. Foxx, que interpreta um escravo no controverso longa de Tarantino, revelou que se sente forçado a comprometer a si próprio quando trabalha. “Tudo na minha vida é construído em meio à questão racial. Não digo isso sempre porque simplesmente não posso. Mas no minuto em que saio de casa, tenho que colocar minha outra roupa e dizer: "Ei, Thomas, Julian e Greg". E eu tenho que ser outra pessoa”, contou o vencedor do Oscar. Nem Leo nem Kerry, que estavam próximos a ele, entenderam os nomes que Jamie usou como referência, mas a revista disse que eram nomes de pessoas brancas. “Não, alguns desses são negros”, corrigiu Foxx. “Mas quando eu chego em casa, meus parceiros perguntam "Como foi seu dia?". "Bem, tive que ser branco por oito horas hoje", ou "Só tive que ser branco por quatro horas". Tudo que nós (negros) fazemos é isso”, completou. O ator acredita ainda que pessoas negras e brancas reagem de forma diferente quando assistem a algum filme. “Negros assistem a filmes de forma diferente a dos brancos. Quando você assiste Bastardos Inglórios, um judeu tem uma resposta mais tranquila. (ele cochicha) "Não acredito que eles fizeram aquilo". Mas quando um negro não gosta de algo, ele (e aí ele grita): "Ei, mano, porque a Olivia Popecaiu daquele jeito? Essa porcaria tá ferrada"", falou o artista que completou 55 anos na última quinta-feira (13). “Têm certas coisas que assistimos como negros e que, se não concordamos, nós não apenas desligamos a televisão como desligamos aquela pessoa (da nossa vida). Isso quando nós sentimos quando o personagem está comprometido com o establishment dos brancos”, opinou. Fonte Virgula |
Mulheres ainda ganham menos que homens no Brasil e no México
![]() | Por: Por Da Redação - agenusp@usp.br - Talita Nascimento, do portal FEA 19/12/2012 |
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Legenda:Falta de experiência também pode influir na diferença de salários / Foto: Marcos Santos/ USP Imagens | ||
Apesar
de todas as conquistas femininas dos últimos tempos, pesquisa
desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
(FEA) da USP mostra que parte das diferenças salariais entre homens e
mulheres no Brasil e no México ainda se deve à discriminação por sexo.
Baseando-se na técnica de Oaxaca-Blinder, que considera variáveis como
idade, escolaridade e posição na família, os estudos concluem que com
curso superior e condições similares a do homem, a mulher continua
ganhando menos.
Considerando pessoas que exercem a profissão cursada na faculdade, o hiato salarial de discriminação por sexo (diferença de pagamento por horas trabalhadas entre homens e mulheres) chega a ser de 76% no Brasil, índice que no México é de 36%. Sem levar em conta a escolaridade, a mulher no Brasil convive com um hiato de 163% e as mexicanas com 256%. Para justificar a diferença salarial entre trabalhadores com e sem Ensino Superior no México, a professora responsável Maria Cristina Cacciamali arrisca uma hipótese. Ela sugere que a falta de mão de obra qualificada no país diminui a discriminação sofrida pelas mulheres. Devido à pouca oferta de candidatos preparados, o salário tem menos variações devidas ao sexo em cargos que necessitem de ensino superior. Fabio Tatei, pesquisador e palestrante, explica que apesar de o México ter índices maiores de formação superior, os dados não levam em conta a qualidade do ensino. Outra possível interpretação para os índices e diferenças de salário entre homens e mulheres é a falta de experiência. Tatei explica que a mulher costuma demorar mais para ingressar no mercado de trabalho, principalmente por causa da maternidade. Esses anos a menos podem resultar em salários mais baixos. Ineficiência econômica Apesar destas explicações, a simples discriminação continua sendo o principal argumento para a diferença que os números apontam. Sobre este problema que se manifesta nos dois países estudados, Tatei comenta: “A discriminação traz ineficiência em termos econômicos”. Isso por que, excelentes profissionais podem ser excluídas de cargos importantes por preconceito. Nestes casos, as consequências se refletem em resultados financeiros menores do que poderiam ser apresentados com a contratação ou investimento em determinada profissional. A pesquisa foi apresentada no ciclo de apresentações e debates chamado “Diagnósticos e Previsões de Políticas para o Mercado de Trabalho” realizado em parceria do PROLAM (Programa de Interação da América latina) com o NESPI (Núcleo de Estudos e Pesquisas de Políticas Internacionais). Nesta conjuntura, a escolha de Tatei comparar Brasil e México aconteceu porque dentre os países da América Latina que mais se aproximavam da realidade brasileira, o México tinha pesquisas com números mais confiáveis, de acordo com o pesquisador. Os dados utilizados no Brasil são do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) e no México do ENOE (Enquesta Nacional de Ocupación y Empleo). Fonte: AGÊNCIA USP DE NOTÍCIAS |
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
A Grande ameaça aos Direitos dos/as Adolescentes: a redução da idade penal
![]() | Por: Cleomar Manhas - assessora política do Inesc 17/12/2012 |
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São
muitas as tentativas de rebaixamento da idade penal que tramitam no
Congresso Nacional, mas nos últimos dias, parece que se multiplicaram e
estão superando as expectativas. A primeira delas é o projeto de lei 345
/2011 que amplia o tempo de internação dos/as adolescentes, quando em
cumprimento de medida socioeducativa de privação de liberdade, para até
26 anos, pois, para o deputado Hugo Leal, autor da proposição, a soltura
aos 21 anos, quando o ato infracional tenha sido cometido antes de 18
anos, significa: “benevolência da legislação, sendo uma das causas do
descrédito do sistema de recuperação de jovens infratores, pois, em boa
parte dos casos concretos, a medida imposta torna-se simplesmente um
mito. Sua função de prevenção geral das infrações penais torna-se bem
enfraquecida, gerando sensação de insegurança para a sociedade.”
Argumento que reforça o senso comum, de quanto maior e mais dura a punição melhor, ao não reconhecer que adolescentes estão em fase peculiar de desenvolvimento. Além de desconhecer a legislação ao inferir que o Estatuto da Criança e do Adolescente não prevê punição aos adolescentes em conflito com a Lei. Depois o projeto de decreto legislativo 1.002/2003, do dep. Robson Tuma e relatoria do dep. Efraim Filho, que voltou à superfície não se sabe por que, solicitando realização de Plebiscito para consulta acerca da redução ou não da idade penal. O mais curioso é que em 2009 o relator Efraim Filho deu parecer pela inconstitucionalidade da matéria, por considerá-la clausula pétrea, por acreditar tratar-se de direito individual, apesar de estar no capítulo dos direitos sociais. E agora, em 2012, o mesmo deputado apresentou outro relatório, onde, sem maiores explicações, diz ser de fato um direito social e, portanto, não se tratar de cláusula pétrea, sendo, então, constitucional. Há, ainda, a Proposta de Emenda Constitucional 33/2012 do senador Aloísio Nunes Ferreira, que remete à Lei Complementar a possibilidade de reduzir a idade penal para 16 anos quando se tratar dos crimes que lista, delegando à autoridade competente a responsabilidade pelo laudo atestando a necessidade de desconsideração da inimputabilidade penal antes de 18 anos. A lista de delitos parece tratar de exceções, no entanto abre amplo caminho para que, de forma discricionária, a autoridade competente resolva ser o adolescente imputável ou não. Há duas questões preocupantes, uma delas é a rapidez com que esta proposição chegou à pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal e a outra são os argumentos do senador Aloísio, que diz ser contra a redução da maioridade penal e que esta PEC não trata disso, numa manobra para provocar confusão. Precisamos organizar uma grande mobilização para que não estejamos sempre na posição de bombeiros, ou seja, de forma reativa, mas sim de forma proativa, mostrando organização e força, do contrário, vamos ser tragados pela maré que está cada vez mais forte. Próximos Passos: A PEC do senador Aloísio estará na pauta da CCJ do Senado na próxima quarta feira, dia 12 e a presença maciça de defensores de direitos faz-se importante. Além disso, precisamos marcar audiências com senadores, especialmente os líderes do governo e do PT para solicitarmos uma manifestação contrária a esta tese. Para o próximo ano precisamos de um grupo de articulação permanente e uma pauta proativa para crianças e adolescentes. Cleomar Manhas - assessora política do Inesc Fonte: INESC |
Cantora negra vence reality musical da TV Globo
![]() | Por: Redação Correio Nagô 17/12/2012 |
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A
cantora negra Ellen Oléria foi a grande vencedora da primeira edição do
reality musical “The Voice Brasil”. A final foi disputada neste domingo
(16). Ao vencer, Ellen levou R$ 500 mil, além de um contrato com a
gravadora Universal, um carro e vai se apresentar no réveillon de
Copacabana com Claudia Leitte. Ellen foi a venceu o programa com 39% dos
votos do público.
Para finalizar a disputa, os técnicos tiveram que selecionar um dos candidatos que ainda estavam em suas equipes. Depois que quatro deles foram eliminados, foi o público que votou no vencedor. O cantor e músico Carlinhos Brown teve que escolher entre Ellen Oléria e Ludmillah Anjos. “Não estou aqui para julgar sua voz porque isso já foi decidido por Deus. O Brasil se rendeu ao pah (sic), mas eu vou ficar com a Ellen", destacou o músico. A vitoriosa voz do time de Carlinhos Brown disputou a preferência do público com três finalistas: Maria Christina, de Lulu Santos; Ju Moraes, de Claudia Leitte; e Liah Soares, de Daniel. Nas redes sociais, a atitude da emissora foi elegoiada porque na apresentação de Ellen, ao apresentar a família da cantora, a TV Globo colocou na leganda "Mãe e namorada da Ellen". Fonte: CORREIO NAGÔ |
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
As 12 tendências tecnológicas da educação brasileira até 2017
![]() | Por: Fernanda Caethano 14/12/2012 |
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Laboratórios
móveis, redes, inteligências colaborativas, geolocalização, aprendizado
baseado em jogos, conteúdo aberto. Achou essa lista futurista demais
para ser usado em escala nas escolas do Brasil, públicas e privadas?
Talvez ela não seja tão inalcançável assim. O sistema Firjan reuniu um
grupo de 30 especialistas para analisar o estado do uso da tecnologia em
práticas no país e fez prognósticos sobre quais ferramentas já estarão
sendo usadas em escala em um horizonte de até cinco anos.
O estudo “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report”, divulgado nesta semana, identifica 12 tecnologias emergentes que têm potencial para impactar o ensino, além das dez principais tendências e os dez maiores desafios da educação brasileira. Entre as 12 tecnologias apresentadas, quatro foram apontadas entre as que devem começar a fazer parte massivamente das salas de aula em menos de um ano: ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos e os dispositivos móveis representados por celulares e tablets; outras quatro estavam entre as que devem começar a ter seu uso mais frequente em dois ou três anos: redes, geolocalização, aplicativos móveis e conteúdo aberto; e mais quatro foram podem ser esperadas em um período de quatro ou cinco anos: inteligência coletiva, laboratórios móveis, ambiente pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas. (Alguns desses termos podem ainda não estar claros, por isso o Porvir preparou um infográfico explicativo, confira abaixo). Feito pela primeira vez no Brasil, o estudo insere um capítulo regional ao já tradicional Horizon Report, que anualmente faz previsões sobre o uso da tecnologia no universo educacional. O panorama global permitiu também comparações entre o contexto brasileiro e o internacional. Bruno Gomes, assessor de tecnologias educacionais do Sistema Firjan e participante tanto da pesquisa global quanto da nacional, ressalta alguns pontos em que nós nos distanciamos muito do mundo. “No Brasil, a gente já consegue ver o hardware, as coisas físicas em sala de aula, como o celular e o tablet. Mas falta a internet, então tudo que é feito na nuvem ou depende de uma rede boa e estabilizada vem depois”, diz. Por isso, enquanto nos países ibero-americanos e na pesquisa global a computação em nuvem é uma realidade esperada em um ano, os especialistas brasileiros nem sequer apostaram nela para um panorama de até cinco anos. “Outra curiosidade é que, conteúdo livre, que já está acontecendo no mundo, ainda não vai acontecer no Brasil neste ano. O brasileiro ainda é apegado à autoria”, acrescenta Gomes. Apesar das diferenças, alguns pontos são comuns em todas as partes do mundo, principalmente no que diz respeito aos desafios encontrados. “Formação de professores é um problema para o mundo”, ressalta Gomes. No relatório divulgado durante o evento Conecta 2012, que terminou hoje, os especialistas destacam também outra relevante coincidência entre o que esperam ver no Brasil e o que está posto no mundo. “Os 30 membros do conselho deste projeto concordaram com o conselho global em relação à tendência mais importante. Eles perceberam as portas se abrindo nas escolas de educação básica no Brasil para modelos de aprendizado híbrido e colaborativo”, afirmam os autores do relatório. TECNOLOGIAS DE SALA DE AULA – ESPECIALISTAS INDICAM 12 FERRAMENTAS QUE ESTARÃO NAS ESCOLAS ATÉ 2017 1 ano ou menos – Polarização de dispositivos Ambientes colaborativos Espaços online que visam facilitar a colaboração e o trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente, a interação acontece independente de onde os alunos estejam Aprendizagem baseada em jogos Interação de jogos nas experiências educacionais; os benefícios têm se comprovado em desenvolvimento cognitivo, colaboração, solução de problemas e pensamento crítico Celulares Especialmente quando se fala em smartphones, são o ponto de convergência de muitas tecnologias; permitem acesso a um volume muito grande de informações na palma da mão Tablets Como os celulares, têm a facilidade da mobilidade e possibilitam aulas dentro e fora da escola. Dispositivos aumentam o leque de recursos pedagógicos 2 a 3 anos – Uso dos softwares Redes Investimento em banda larga para grandes eventos esportivos e o maior número de smartphones facilitam acesso rápido, barato e fácil a todos os tipos de informação Geolocalização Ferramentas recentes permitem a determinação da localização exata de objetos físicos, além da combinação com dados sobre outros eventos, objetos ou pessoas Aplicativos móveis Nova indústria de desenvolvimento de softwares cria um universo de novas possibilidades educacionais, com compartilhamento de descobertas em tempo real Conteúdo aberto Conteúdo disponibilizado gratuitamente, via web, dá acesso não apenas à informação, mas ajuda no desenvolvimento de habilidades de pesquisa, avaliação e interpretação 4 a 5 anos – Apropriação dos softwares Inteligência coletiva Conhecimento existente nas sociedades ou em grandes grupos. Como hoje a produção de conhecimento não é mais um monopólio, várias redes são criadas cotidianamente Laboratórios móveis A tecnologia facilitou que pesados equipamentos, antes disponíveis apenas em bons laboratórios de ciências pudessem ser inseridos em simples celulares Ambiente pessoal de aprendizagem Formado por uma coleção pessoal de ferramentas montadas para apoiar seu próprio aprendizado; lista é organizada de forma independente e é focada em objetivos individuais Aplicações semânticas Aplicativos que organizam informações de várias fontes e fazem associações entre elas, apresentando o resultado de forma atraente ao usuário Fonte: Horizon Report (Brasil 2012) Fonte: PNBE |
Brasil reduz mortalidade infantil e atinge metas da ONU dois anos antes
IBGE alerta, porém, que índice ainda é alto, se comparado a países desenvolvidos e a Cuba
Por: Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil
Publicado em 17/12/2012, 10:00
Última atualização às 11:28
Redução da mortalidade infantil avança no país, mas ainda
exige políticas de erradicação da pobreza e redução da
desigualdade(U.Dettmar/Arquivo ABr)
Rio de Janeiro - A taxa de mortalidade infantil no país em 2011 era
16,8 óbitos por cada grupo de mil habitantes, índice "ainda elevado e
que chega a ser três vezes maior do que o verificado em Cuba", onde a
taxa é cinco mortes por cada grupo de mil. Apesar disso, o Brasil cumpre
a meta estabelecida pela ONU nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.
Segundo o gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Crespo, o levantamento constatou que o componente pós-neonatal prevalecia no Brasil até o fim da década 1980. A partir dessa data, começou a predominar o peso do componente neonatal (precoce e tardia), que em 2011 atingiu 68,3% do total de óbitos de menores de 1 ano.
“É evidente que o país avançou nessa questão da mortalidade infantil, o que fez com que atingisse, com dois anos de antecedência, as metas fixadas no programa Objetivos do Desenvolvimento do Milênio [compromisso universal da Organização das Nações Unidas para a erradicação da pobreza com a sustentabilidade do planeta], mas 48% das mortes infantis no país são de crianças com idade acima do prazo de seis dias”, alertou.
Cláudio Crespo ressaltou que nos países mais desenvolvidos, onde a taxa de mortalidade infantil é baixa, o percentual é sempre até seis dias e, em geral, ligado a problemas congênitos. “Então, quanto mais dias passam, mais as mortes estão ligadas a problemas sociais - o que significa que ainda há espaço para uma redução maior da taxa de mortalidade infantil no país”, disse.
De acordo com a pesquisa do IBGE, à medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionadas às áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é que os óbitos infantis se concentrem no componente neonatal precoce (óbitos de crianças até seis dias).
Os dados do IBGE indicam ainda que dos 16,8% relativos à taxa de mortalidade infantil no país em 2011, por cada grupo de mil habitantes, 51,8% envolvem crianças até seis dias de vida. “Nos países mais desenvolvidos,a mortalidade infantil ocorre basicamente (cerca de 90%) entre as crianças até seis dias de vida – e geralmente de causas congênitas”, disse Crespo.
“É por isso que eu sustento, considerando países como os Estados Unidos e Cuba - que têm taxas de mortalidade em torno de sete e de cinco mortes por cada grupo de mil habitantes nascidos vivos – que a nossa taxa ainda é elevada. Mas, por outro lado, o país cumpriu com os compromissos das Metas do Milênio”.
Segundo o gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Crespo, o levantamento constatou que o componente pós-neonatal prevalecia no Brasil até o fim da década 1980. A partir dessa data, começou a predominar o peso do componente neonatal (precoce e tardia), que em 2011 atingiu 68,3% do total de óbitos de menores de 1 ano.
“É evidente que o país avançou nessa questão da mortalidade infantil, o que fez com que atingisse, com dois anos de antecedência, as metas fixadas no programa Objetivos do Desenvolvimento do Milênio [compromisso universal da Organização das Nações Unidas para a erradicação da pobreza com a sustentabilidade do planeta], mas 48% das mortes infantis no país são de crianças com idade acima do prazo de seis dias”, alertou.
Cláudio Crespo ressaltou que nos países mais desenvolvidos, onde a taxa de mortalidade infantil é baixa, o percentual é sempre até seis dias e, em geral, ligado a problemas congênitos. “Então, quanto mais dias passam, mais as mortes estão ligadas a problemas sociais - o que significa que ainda há espaço para uma redução maior da taxa de mortalidade infantil no país”, disse.
De acordo com a pesquisa do IBGE, à medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionadas às áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é que os óbitos infantis se concentrem no componente neonatal precoce (óbitos de crianças até seis dias).
Os dados do IBGE indicam ainda que dos 16,8% relativos à taxa de mortalidade infantil no país em 2011, por cada grupo de mil habitantes, 51,8% envolvem crianças até seis dias de vida. “Nos países mais desenvolvidos,a mortalidade infantil ocorre basicamente (cerca de 90%) entre as crianças até seis dias de vida – e geralmente de causas congênitas”, disse Crespo.
“É por isso que eu sustento, considerando países como os Estados Unidos e Cuba - que têm taxas de mortalidade em torno de sete e de cinco mortes por cada grupo de mil habitantes nascidos vivos – que a nossa taxa ainda é elevada. Mas, por outro lado, o país cumpriu com os compromissos das Metas do Milênio”.
Paulo Paim é novo relator de projeto que criminaliza a homofobia
Por: Silvia Gomide, da Agência Senado
Publicado em 17/12/2012, 14:55
Última atualização às 15:47
Senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) (Foto: José Cruz/Ag.
Senado)
Brasília – O senador Paulo Paim (PT-RS) informou que será o novo
relator do Projeto de Lei 122, de 2006, na Comissão de Direitos Humanos
(CDH). O projeto inclui a homofobia entre os crimes punidos pela lei de
racismo, que já criminaliza a discriminação por religião, etnia e
procedência nacional. O senador disse que vai buscar o consenso para
levar o projeto à votação e aprovação na CDH.
A relatora do projeto na comissão era a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que deixou a relatoria do PLC 122 quando assumiu o Ministério da Cultura em setembro. Paim disse que desde então vem sendo pressionado por grupos favoráveis e contrários à criminalização da homofobia para indicar um relator. Como forma de facilitar o entendimento, o senador acabou optando por tomar para si a função. Ele lembrou que não se trata de um projeto fácil de aprovar e que a matéria não foi votada antes a pedido da relatora, Marta Suplicy, que não via condições políticas de aprovação da matéria.
"Se o PL 122 fosse fácil de votar, nós já teríamos votado há muito tempo. Só a senadora Marta Suplicy, que foi vice-presidente do Senado, ficou com ele dois anos. Não é falta de boa vontade da comissão. O projeto não foi colocado em votação por outros presidentes, porque toda vez que foi colocado em votação, da forma que estava, o projeto seria derrotado", afirmou Paim.
O senador gaúcho disse vai tentar construir um acordo e que se não houver acordo o novo presidente da CDH no próximo ano poderá indicar outro relator para o projeto.
Caso aprovada na CDH, a proposta ainda será votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e pelo Plenário do Senado. No Senado, a matéria foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais em 2009, na forma de substitutivo da então senadora Fátima Cleide. O projeto havia sido aprovado na Câmara dos Deputados em 2006.
A relatora do projeto na comissão era a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que deixou a relatoria do PLC 122 quando assumiu o Ministério da Cultura em setembro. Paim disse que desde então vem sendo pressionado por grupos favoráveis e contrários à criminalização da homofobia para indicar um relator. Como forma de facilitar o entendimento, o senador acabou optando por tomar para si a função. Ele lembrou que não se trata de um projeto fácil de aprovar e que a matéria não foi votada antes a pedido da relatora, Marta Suplicy, que não via condições políticas de aprovação da matéria.
"Se o PL 122 fosse fácil de votar, nós já teríamos votado há muito tempo. Só a senadora Marta Suplicy, que foi vice-presidente do Senado, ficou com ele dois anos. Não é falta de boa vontade da comissão. O projeto não foi colocado em votação por outros presidentes, porque toda vez que foi colocado em votação, da forma que estava, o projeto seria derrotado", afirmou Paim.
O senador gaúcho disse vai tentar construir um acordo e que se não houver acordo o novo presidente da CDH no próximo ano poderá indicar outro relator para o projeto.
Caso aprovada na CDH, a proposta ainda será votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e pelo Plenário do Senado. No Senado, a matéria foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais em 2009, na forma de substitutivo da então senadora Fátima Cleide. O projeto havia sido aprovado na Câmara dos Deputados em 2006.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Maioria na população, minoria no poder
O Censo de 2010 comprovou algo visível a todos: Negros/as ou pardos/as representam 50,7% da população brasileira. Entretanto sua participação política é desproporcional nos órgãos executivos do governo, como por exemplo, entre os deputados federais, restringindo-se à apenas 43, dos 513. No senado, a diferença é ainda maior, sendo apenas dois negros entre os 81 que compõe a bancada.
Buscando colocar em pauta a questão racial, principalmente entre os congressistas, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em conjunto com a Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas, organizou nessa terça feira, dia 6 de novembro, um seminário intitulado “a sub-representação de negras e negros no Parlamento Brasileiro”. Realizado na câmara dos deputados, o evento contou com aproximadamente 60 pessoas, sendo três delas deputados federais. Nenhum dos deputados era branco.
“O parlamento brasileiro tem cor e sexo. É o homem branco, heterossexual, proprietário e endinheirado. Essa foi uma das questões debatidas”. Assim, Eliana Magalhães Graça, assessora política do Inesc, explica um, entre os diversos temas debatidos no seminário. “Há a necessidade de uma reforma política que promova a inclusão. Porque isso que acontece no parlamento, acontece também nas casas legislativas, tendo uma consequência muito grande em relação às pautas. As que interessam a população negra são de difícil tramitação e aceitação.”
Assim como a lei da ficha limpa, a reforma política demanda uma forte pressão política vinda da população para ser concretizada, principalmente por haver diversos interesses particulares dos parlamentares para manter esse sistema. Afinal, muitos se elegem assim. Para Eliana Magalhães, a sociedade civil é decisiva: “Ou a gente se mobiliza, ou a situação vai continuar a mesma, essa repartição do poder vai continuar assim”.
Fonte: ABONG
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Distrito Federal terá Disque Racismo em 2013
A partir de 2013, um dispositivo de
denúncia próprio deve contemplar a população negra do Distrito Federal. A
Secretaria Especial de Promoção a Igualdade Racial (Sepir/DF) anunciou
no Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro) a
criação do Disque Racismo, que tem previsão para começar a funcionar em
março.
O número ainda não foi definido, mas vai
ser específico para as demandas raciais. O propósito da Secretaria é
incentivar as denúncias e acompanhar o andamento de cada uma delas. Com
isso, além de atender melhor as vítimas de discriminação, reduziria o
problema da falta de dados concretos sobre o tema.
Para o presidente da Fundação Cultural
da Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, o Disque Racismo será uma
ferramenta muito importante porque vai ao encontro da construção de uma
sociedade livre do racismo e do preconceito racial.
Segundo Eloi, é preciso punir, com o
rigor da lei, todas as manifestações racistas e de intolerância
religiosa praticadas em face das religiões de matriz africana, além do
racismo institucional, que impede a população negra brasileira de
exercer plenamente sua expressão de identidade nacional e cidadania, e
ao mesmo tempo impossibilita o acesso de negros e negras aos altos
escalões dos órgãos públicos e dos grandes postos de trabalho nas
empresas privadas.
“Esta iniciativa do Governo do Distrito
Federal cumprirá um papel muito importante na igualdade entre todos os
brasilienses, dando destaque para que todos acessem aos bens econômicos e
culturais desta bela cidade que é Brasília”, disse o presidente da FCP.
O secretário de Promoção de Igualdade
Racial, Viridiano Custódio de Brito, afirma que o Disque Racismo será um
serviço para receber denúncias e orientar como as vítimas de
preconceito podem agir. A ideia é que a pessoa tenha assistência
jurídica e psicológica. “Muitas vezes, as pessoas não têm orientação
para denunciar. Nós temos planejamento para ter corpo técnico capaz de
acompanhar o caso do início ao fim”, afirma Custódio.
Na opinião dele, a partir do momento em
que a publicidade em torno do número começar a veicular, as denúncias
vão crescer e os agressores se sentirão intimidados a cometerem os
crimes de racismo.
Capacitação – A central
de telefonia terá sede na Companhia de Planejamento do DF (Codeplan),
que vai ceder também a tecnologia necessária. Depois do anúncio do
Disque Racismo, terá início a fase de capacitação dos profissionais.
Pelo menos 15 devem ser treinados para o atendimento. Um protocolo vai
ser criado na primeira ligação da vítima e, a partir dele, os
profissionais envolvidos terão detalhes do caso. “Quem sofre uma
violência dessas quer uma resposta imediata. O serviço vai ser
disponibilizado para dar essa agilidade às vítimas”, assegura o
secretário.
Presidente do Conselho de Defesa dos
Direitos dos Negros e Negras, Lucimar Alves Martins lembra que o Disque
Racismo é um dispositivo usado em outras unidades da Federação, como São
Paulo e Rio de Janeiro, e que pode ter um efeito positivo no DF. “A
ouvidoria da Sepir recebe situações de vídeos, programas, propagandas
injuriosas. O telefone vem para tratar aquilo que atinge a pessoa na
convivência diária dela, em situações diretas de preconceito”, detalha
Lucimar. A presidente do conselho defende que o racismo destrói a
autoestima das pessoas e, dessa forma, tem especificidades que devem ser
levadas em conta.
Libânio Alves Rodrigues é promotor de
Justiça do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e integra o
Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED). De acordo com ele, a
ferramenta pode evitar que as pessoas percam os prazos para representar
ação criminal. “A grande peneira dessa história é a polícia, que trata o
crime como questão de vizinhança. Esse filtro acaba reduzindo as
denúncias e não chega ao ponto de registrar a ocorrência”, avalia o
promotor. Libânio levanta hipóteses para explicar o baixo índice de
aplicação de penas aos agressores. Para ele, muitos dos casos acabam não
chegando ao MP, que pode ajuizar ação penal.
Entre 2010 e junho deste ano, 120
ocorrências de crimes relacionados ao preconceito foram registradas no
DF, sendo 113 só de injúria racial. Os dados são da Secretaria de
Segurança Pública. Em 2012, 31 ocorrências de injúria racial e quatro de
discriminação racial foram registradas na Polícia Civil.
Conscientização – O Dia
Nacional da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a inserção do
negro na sociedade brasileira. Ainda que o ponto alto da celebração
aconteça na data da morte de Zumbi dos Palmares, diversas atividades são
realizadas ao longo do mês de novembro.
Fonte: Correio Braziliense
Ações afirmativas para negros são necessárias
Em artigo publicado originalmente no
jornal Folha de São Paulo do dia 20 de novembro de 2012, a ministra de
Estado da Cultura, Marta Suplicy fala sobre o Dia Nacional de Zumbi e da
Consciência Negra, as ações afirmativas e os editais lançados pelo MinC
para criadores, produtores e artistas autodeclarados negros.
Tenho muito forte a convicção da
necessidade de ações afirmativas para os negros. Essa posição vem de
minha experiência morando nos EUA nos anos 1960, vivendo a batalha pela
inclusão por meio de cotas raciais desta parcela excluída.
Por não falar bem inglês, fui
colocada num curso de proficiência, juntamente com outros estudantes.
Para minha surpresa, eu era a única branca numa classe de estudantes
americanos. Eles quase que falavam pior que eu. Era um dialeto que na
versão oral virava outra língua.
Não demorei para entender o porquê daquele grupo. As consequências para o país passei a entender mais tarde.
Entrar numa universidade da Ivy
League (a seleção das 10 melhores dos EUA) só era e continua sendo
possível com notas muito altas. Aqueles estudantes não tinham a mais
leve chance de estar ali ou acompanhar as aulas sem um reforço forte.
Passados 50 anos, eles formariam uma sólida classe média e ocupariam
altos postos na condução do país. Um deles, estudante em outra destas
universidades de excelência, chegaria à presidência dos EUA.
Essas oportunidades propiciaram a
qualificação de milhares de jovens que levariam gerações para chegar ao
patamar que hoje conquistaram. Eu vi acontecer, por isso acredito.
Sei que há negros que conseguem
quebrar a barreira do preconceito. Não é a realidade da maioria. Olhe em
volta. Quantos negros colegas no seu escritório? No seu clube? Na
escola de seus filhos? Na fila do cinema ou nos restaurantes que você
frequenta? Repare, agora, quantos em situação de serviçal.
Os números mostram que tanto brancos pobres como negros que ingressaram por cotas nas universidades brasileiras têm se superado.
Daqui a algumas gerações não
necessitaremos mais de cotas. Entretanto, toda ação para agilizar esta
ascensão ainda é necessária. Nos beneficiários da Lei Rouanet, poucos
são os que apresentam projetos e menos ainda os que, se aprovados,
conseguem captar recursos.
Neste Dia Nacional de Zumbi e da
Consciência Negra — em São Paulo, declarado feriado na nossa gestão — o
Ministério da Cultura lança editais em diversos segmentos para
criadores, produtores e artistas que se declarem negros.
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN)
fará a implantação de 30 pontos de leitura e formação de autores negros
em todas as capitais. Estes novos talentos serão publicados em livros e
irão percorrer o Brasil na “Caravana de Escritores”, ao lado de nomes
já consagrados. Também serão oferecidas bolsas para pesquisadores
negros.
Estamos instituindo o Prêmio Funarte
Grande Otelo para investir em criação, produção e fazer com que
artistas e produtores negros ocupem palcos, ruas, escolas e galerias de
arte de todo o país. Fomentaremos 33 projetos nas categorias artes
visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória, além de
pesquisa da produção artística negra no Brasil.
Por meio de nossa Secretaria do
Audiovisual, vamos premiar seis produções em curta-metragem. Trabalhos
dirigidos e produzidos por jovens negros, de 18 a 29 anos, com temática
livre e a possibilidade de utilização de técnicas de animação.
Estas propostas amparam-se no Plano
Nacional de Cultura e no Estatuto da Igualdade Racial, que prevê o
combate à discriminação e às desigualdades étnicas e a implementação de
incentivos e prioridade no acesso aos recursos públicos.
O governo Dilma, através destas
ações afirmativas do Ministério da Cultura, combate o preconceito e
investe na expressão artística para preservar nossas raízes. Neste
caminho, todos nós sairemos maiores.
Marta Suplicy é ministra da Cultura. Foi prefeita de São Paulo (2001-2004), ministra do Turismo (2007-2008) e senadora (2011-2012)
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Ascensão social faz aumentar casos de racismo em shoppings e universidades
Por: Raimundo Oliveira, da Rede Brasil Atual 22/11/2012 |
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Legenda: Em fevereiro do ano passado, músico cubano foi impedido de entrar em shopping em São Paulo | ||
Nos
últimos dez anos, com melhorias consistentes nos indicadores sociais no
Brasil, os cidadãos mais pobres passaram a ter acesso a outros níveis
de consumo, como em lojas de shopping, aeroportos, cinemas e
universidades. No caso de cidadãos negros e pardos, para muitos isso
significou também maior exposição à discriminação racial nos ambientes
antes frequentados majoritariamente por pessoas brancas.
Na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), já são 15 as denúncias de racismo em universidades, 12 registradas neste ano, quatro vezes mais que as três contabilizadas em 2011 – quando a Ouvidoria da Seppir passou a receber os relatos de discriminação –, afirma Carlos Alberto Silva Júnior, ouvidor da Seppir. Segundo ele, este aumento não está relacionado a manifestações contra a lei que garante metade das vagas nas universidades federais a negros, pardos e índios, desde que tenham cursado o ensino público, sancionada no final de agosto. “A lei é recente, e muitas situações ocorreram antes que ela foi sancionada. O que percebemos é que há, além da maior exposição de negros em situações de consumo antes pouco comuns por causa de condições financeiras, também maior percepção por parte destes cidadãos do que é preconceito racial”, diz. Daniel Teixeira, advogado e coordenador de projetos do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), afirma que, neste ano, aumentou em cerca de 30% as denúncias de crimes raciais em situações de consumo registrados na entidade – que lida com casos de natureza racial e de intolerância religiosa, por exemplo. As denúncias relacionadas aos centros de compras lideram nos 25 casos acompanhados pelo CEERT desde janeiro e evidenciam que o preconceito ocorreu em função da cor da pele e não da classe social. “Em muitos casos, quando a pessoa é pobre, ela não consegue identificar direito se está sofrendo preconceito por ser negra ou por ser pobre e, muitas vezes, acaba relacionando tudo à pobreza”, afirma Teixeira. “Mas, quando estas pessoas conseguem melhorar sua situação financeira, percebem que não é mais por causa da pobreza que são discriminadas”, afirma. “Tem um caso emblemático de um músico que foi o único da banda a ser barrado em shopping de elite em São Paulo onde eles se apresentariam. Ele chegou de táxi e foi impedido de entrar pelos seguranças, alegando que o motivo era por estar com um instrumento. Mas os outros músicos, todos brancos, também estavam com seus instrumentos e nenhum foi barrado”, relata. Tanto para o advogado do CEERT como para o ouvidor da Seppir, a queda na desigualdade social registrada nos últimos dez anos no Brasil (que fez o índice Gini, usado pela ONU para medir a desigualdade, cair de 0,594 para 0,527 entre 2001 e 2011) beneficia a população de negros e pardos no país, historicamente relegadas às posições mais baixas da sociedade, e revela mais nitidamente as situações de preconceito. Para Silva Júnior, há uma discriminação histórica – como na lei de Imigração de 1890, que proibia a entrada de africanos, e na lei que criminaliza e legaliza a prisão por vadiagem logo após o fim da escravidão, quando a maior parte dos negros não tinha emprego formal algum -, mas há também o preconceito difuso. A secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, acostumada a uma rotina de aeroportos por conta do trabalho, e dona de cartões de fidelidade que dão os maiores benefícios na compra de passagens, conta que já caiu na armadilha do preconceito difuso em situações de consumo. “Sempre viajo a trabalho, não me visto como uma madame, e percebi que em muitos locais quando entro na fila destinada aos portadores do meu cartão de fidelidade têm pessoas que me perguntam se estou na fila correta. No começo, ao perceber que esta atitude era em função da cor pele, respondia sempre que, se não tivesse o cartão, não estaria naquele lugar. Mas agora, quando me perguntam isto eu questiono a pessoa se está fazendo esta pergunta para todo mundo que está na fila, independente da cor da pele”, afirma. |
Formatura da 2ª Turma de Mediadores Sociais do CEF 602
O Programa Alternativo do último sábado (17) mostrou a formatura de uma turma de mediadores de conflito do Projeto Estudar em Paz. O projeto, desenvolvido pelo Centro de Ensino Fundamental 602 do Recanto das Emas, ajuda professores e alunos no combate à violência no contexto escolar e também fora da sala de aula. A ideia dos coordenadores é que o projeto se estenda para toda a comunidade escolar, diminuindo assim casos de vandalismo, ameaças dentro e fora da escola, brigas entre alunos e conflitos entre gangues da região.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO
Um documentário sobre publicidade, consumo e infância.
(Este documentário está divido em 6 partes, esta é a 1ª. As partes seguintes estão ao final deste texto.)
Produtora: Maria Farinha Produções
Direção: Estela Renner
Produção Executiva: Marcos Nisti
Sinopse: "Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. De onde vem este desejo constante de consumo?" Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real, este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Racismo em crianças (bonecas brancas x bonecas negras)
"Domésticas ainda são vistas como 'serviçais'", diz diretora da ONU
Renata Mariz
Fonte: www.correioweb.com.br
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Culturalmente em grande parte do mundo, até mesmo como consequência da escravidão, as trabalhadoras e trabalhadores domésticos são vistos como “serviçais”, membros desvalorizados da família ou trabalhadores de segunda categoria. O trabalho doméstico continua sendo subvalorizado e invisível e é executado principalmente por mulheres e meninas, muitas das quais são migrantes ou membros de comunidades desfavorecidas e, portanto, particularmente vulneráveis à discriminação em relação às condições de emprego e trabalho, bem como outros abusos de direitos humanos.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), são mais de 14 milhões de mulheres que trabalham remuneradamente para uma família na América Latina e Caribe. Em média, menos de um terço delas tem carteira assinada. No Brasil, este numero chega a 6,7 milhões de mulheres, das quais mais de 60% são negras (IBGE, 2009).
Do ponto de vista numérico, é a ocupação mais importante para as mulheres na América Latina. Na realidade, esta cifra poderia ser ainda maior, já que frequentemente as estatísticas não captam as trabalhadoras que trabalham por hora ou por dia, as trabalhadoras não registradas, as migrantes sem documentos e as meninas que realizam trabalho infantil doméstico.
A remuneração das trabalhadoras domésticas é baixa, embora se possa observar um importante incremento associado possivelmente com a política de crescimento do salário mínimo aplicada em vários países, somada ao aumento da demanda por serviço doméstico. O crescimento da remuneração das trabalhadoras domésticas contribuiu para melhorar sua posição relativa na escala de remunerações de cada país, mas, apesar disto, esses ganhos continuam muito próximos às linhas de pobreza dos respectivos países e são acentuadamente menores do que a média dos rendimentos das mulheres ocupadas.
A valorização de categorias de trabalho tradicionalmente marginalizadas na economia brasileira não só melhoraria as condições da população de baixa renda, mas também seria benéfica para a economia como um todo, além de contribuir para uma melhor distribuição da riqueza.
Por que ainda há tanta informalidade no trabalho doméstico?
Não só pelo ranço da escravidão, que faz com que o trabalho doméstico seja subvalorizado, como pela cultura de que as tarefas de cuidado – seja de idosos, crianças, doentes, domiciliares ou no trato com animais – são tradicionalmente atribuídas às mulheres.
Não são mais aceitáveis argumentos que revelam a crença de que as mulheres são as únicas e/ou principais responsáveis pelas tarefas de cuidado e reprodução social. Esta crença é um dos principais obstáculos para a inserção das mulheres no mercado de trabalho em empregos de qualidade. Como elas ainda são as principais responsáveis pelo cuidado, muitas apenas conseguem inserir-se em atividades que lhe deem flexibilidade em relação aos horários. Estas atividades muitas vezes estão na informalidade e isto também contribui para a existência de desigualdades salariais entre homens e mulheres e para o fato da pobreza incidir de forma diferenciada entre as mulheres.
Além disso, a lacuna legal propicia essa informalidade. A crescente demanda por apoio remunerado nos domicílios, assim como a consolidação dos processos democráticos na América Latina propiciaram espaços para a discussão de medidas legais e de políticas públicas para avançar em direção ao trabalho decente para as trabalhadoras domésticas. Em junho de 2011, a OIT aprovou, em Genebra, a Convenção 189 e a Recomendação 201, sobre Trabalho Decente para Trabalhadoras Domésticas Dando um passo histórico, o Uruguai foi o primeiro país a ratificar a Convenção, no dia 25 de abril de 2012. O Brasil ainda não ratificou a Convenção.
Morte de jovem negro choca menos que de jovem branco
Por: Agência Brasil |
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Legenda:Manifestantes protestam contra onda de violência que atinge jovens negros e pobres na periferia de São Paulo | ||
Números
revelam haver o reconhecimento da população de que a morte violenta de
um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco
O Senado e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República firmaram acordo de colaboração na campanha Igualdade Racial é Pra Valer. O objetivo é ampliar os debates sobre igualdade racial para ajudar no processo de conscientização dos brasileiros sobre a importância do enfrentamento do racismo. Nesta quarta-feira (7), o DataSenado, instituto de pesquisa da Casa, apresentou o resultado de entrevistas sobre o tema feitas por telefone com 1.234 pessoas. As entrevistas foram feitas em 123 municípios no período de 1º a 11 de outubro. O objetivo da consulta foi aferir o grau de consciência da sociedade sobre a violência contra a juventude negra no Brasil. Dados de 2010 do Ministério da Saúde mostram que a maioria dos homicídios cometidos no país atinge jovens entre 15 e 29 anos, dos quais 75% são negros. A pesquisa do DataSenado indica que 67,1% dos entrevistados acham que as mulheres sofrem mais com a violência e que 66,9% têm consciência de que as principais vítimas são negros. Os números tabulados demonstram que, entre os entrevistados, há o reconhecimento de que a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco. |
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
A Educação Proibida
A Educação Proibida
Fundamental!
No mês do seu lançamento mundial, com milhões de visualizações, lançamos
um dos melhores documentários postados aqui no docverdade,
indispensável a todos os educadores, alunos e pais que acreditam que a
educação possa ser divertida, criativa, libertadora, reflexiva e
agradável.
Do site http://www.educacionprohibida.com/:
"A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as
lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação,
mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais que
propõem a necessidade de um novo modelo educativo.
A
Educação Proibida é um projeto realizado por jovens que partiram da
visão de quem aprende e que embarcaram numa pesquisa que cobre 8 países
realizando entrevistas com mais de 90 educadores de propostas educativas
alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de
co-produtores e tem licenças livres que permitem e incentivam sua cópia
e reprodução.
A
Educação Proibida se propõe alimentar e lançar um debate de reflexão
social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o
desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito,
na liberdade e na aprendizagem."
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
A Ilha
Trata-se de um curtametragem em formato de animação que proporciona uma ótima reflexão sobre o caos urbano dos grandes centros!!!
Ilha das Flores
Um ácido e divertido retrato da mecânica
da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples
tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o
processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do
caminho.
Ficha Técnica
Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon Roteiro Jorge Furtado Edição Giba Assis Brasil Direção de Arte Fiapo Barth Trilha original Geraldo Flach Narração Paulo José
Prêmios
Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991
Jorge Furtado
Diretor: Jorge Furtado
Ficha Técnica
Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon Roteiro Jorge Furtado Edição Giba Assis Brasil Direção de Arte Fiapo Barth Trilha original Geraldo Flach Narração Paulo José
Prêmios
Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991
Jorge Furtado
Diretor: Jorge Furtado
História das Coisas
Nesse vídeo o Guru ambiental Annie Leonard explica como funciona o sistema linear do capitalismo, e como isso prejudica o planeta.
Olhos Azuis
Provocador!
Apesar de esse vídeo ser codificado a partir de VHS, cuja qualidade não seja excepcional, vale a pena assistir a esse documentário incrível.
Sinopse: A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 "The Eye of the Storm", em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, baseada na cor dos olhos das crianças. Hoje aposentada, aplica workshops sobre racismo para adultos. "Olhos Azuis" é o documentário de um desses workshops em que o exercício de discriminação pela cor dos olhos também foi aplicado. O objetivo do exercício é colocar pessoas de olhos azuis na pele de uma pessoa negra por um dia. Para isso, ela rotula essas pessoas, baseando-se apenas na cor dos olhos, com todos rótulos negativos usados contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com deficiências físicas e todas outras que sejam diferentes fisicamente.
Apesar de esse vídeo ser codificado a partir de VHS, cuja qualidade não seja excepcional, vale a pena assistir a esse documentário incrível.
Sinopse: A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 "The Eye of the Storm", em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, baseada na cor dos olhos das crianças. Hoje aposentada, aplica workshops sobre racismo para adultos. "Olhos Azuis" é o documentário de um desses workshops em que o exercício de discriminação pela cor dos olhos também foi aplicado. O objetivo do exercício é colocar pessoas de olhos azuis na pele de uma pessoa negra por um dia. Para isso, ela rotula essas pessoas, baseando-se apenas na cor dos olhos, com todos rótulos negativos usados contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com deficiências físicas e todas outras que sejam diferentes fisicamente.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
A Negação do Brasil
Segue o documentário "A Negação do Brasil" que retrata a trajetória dos atores negros na televisão.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Por uma infância sem racismo
Segue o vídeo "Por uma Infância sem racismo". Excelente material pedagógico antirracista.
Com a campanha Por uma infância sem racismo, o UNICEF e seus parceiros
fazem um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e
adolescência e sobre a necessidade de uma mobilização social que
assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância.
Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.
Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.
Refletindo sobre o Bullying
Segue o video "Refletindo Sobre o Bullying". Material de linguagem simples que pode ser exibido para alunos de todas as faixas etárias!
Bullying
Segue o video "O Bullying nas Escolas". Trata-se de uma excelente ferramenta pedagógica para trabalhar a temática.
Por outros olhos - Homofobia na Escola
Segue o vídeo "Por Outros Olhos - Homofobia na Escola". Trata-se de uma excelente ferramenta pedagógica no combate a homofobia.
"Até Quando Esperar" Plebe Rude
Segue a música "Até Quando Esperar" da Plebe Rude. A letra proporciona uma reflexão crítica sobre a desigualdade social no Brasil.
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
E cadê a esmola que nós damos
Sem perceber que aquele abençoado
Poderia ter sido você
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Sei
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda do divino Deus
Até Quando Esperar
Plebe Rude
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
E cadê a esmola que nós damos
Sem perceber que aquele abençoado
Poderia ter sido você
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Sei
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda do divino Deus
Educação para a Igualdade de Oportunidades
Segue o vídeo "Educação Para Igualdade de Oportunidades". Excelente matrial para se discutir a desigualdade social no Brasil e no Mundo!!!
Conhecendo o Estatuto da Criança e do adolescente com Renatinha
Segue o video "Conhecendo o Estatuto da Criança e do Adolescente com Renatinha". Material muito rico e que pode ser exibido para crianças de todas as faixas etárias.
"Homem Primata" Titãs
Segue a música "Homem Primata" do Titãs. O hit proporciona uma reflexão crítica a respeito do modo de produção capitalista.
Homem Primata
Titãs
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi...
"I'm a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi...
"I'm a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)
Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...
Na Mira da Escola
Segue o documentário "Na Mira da Escola". Trata-se de uma excelente ferramenta pedagógica para reflexão sobre a violência no contexto escolar.
A triste rotina de violência vivida por professores e alunos das escolas públicas do Distrito Federal gerou o documentário A MIRA NA ESCOLA. Durante um ano e meio o diretor Nilson Araújo colheu depoimentos de várias pessoas que direta ou indiretamente foram afetadas pelos mais variados tipos de agressão, que passa por casos de racismo, intolerância, sofrimento, discriminação e até mesmo conflitos entre professores e alunos. O projeto foi aprovado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e realizado a partir da vivência das vítimas. "Nos surpreendemos com o número de pessoas que quiseram falar sobre o assunto. O que procuramos com este documentário foi provocar a discussão do tema na sociedade, já que a maioria dos casos de violência não são divulgados pela mídia", explica o documentarista.
Segundo o levantamento feito pela equipe que trabalhou no documentário, grande parte da violência nas escolas é silenciosa, ou seja, casos de desrespeito que não são tratados ou discutidos no dia-a-dia. "Queríamos ajudar a escola a se ver e ao constatar que existem deficiências, permitir a abertura do debate e consequentemente a busca por soluções", salienta Nilson. O documentarista ainda trabalha na conclusão de BR- 030: A ESTRADA QUE NÃO VEIO. O projeto, já aprovado pelo FAC, aborda a rodovia que liga Brasília ao litoral da Bahia, obra nunca concluída. Quem estiver interessado em adquirir A MIRA NA ESCOLA pode entrar em contato no telefone (61) 3340-9924, ou pelo e-mail contato@seculovida.com.br.
A triste rotina de violência vivida por professores e alunos das escolas públicas do Distrito Federal gerou o documentário A MIRA NA ESCOLA. Durante um ano e meio o diretor Nilson Araújo colheu depoimentos de várias pessoas que direta ou indiretamente foram afetadas pelos mais variados tipos de agressão, que passa por casos de racismo, intolerância, sofrimento, discriminação e até mesmo conflitos entre professores e alunos. O projeto foi aprovado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e realizado a partir da vivência das vítimas. "Nos surpreendemos com o número de pessoas que quiseram falar sobre o assunto. O que procuramos com este documentário foi provocar a discussão do tema na sociedade, já que a maioria dos casos de violência não são divulgados pela mídia", explica o documentarista.
Segundo o levantamento feito pela equipe que trabalhou no documentário, grande parte da violência nas escolas é silenciosa, ou seja, casos de desrespeito que não são tratados ou discutidos no dia-a-dia. "Queríamos ajudar a escola a se ver e ao constatar que existem deficiências, permitir a abertura do debate e consequentemente a busca por soluções", salienta Nilson. O documentarista ainda trabalha na conclusão de BR- 030: A ESTRADA QUE NÃO VEIO. O projeto, já aprovado pelo FAC, aborda a rodovia que liga Brasília ao litoral da Bahia, obra nunca concluída. Quem estiver interessado em adquirir A MIRA NA ESCOLA pode entrar em contato no telefone (61) 3340-9924, ou pelo e-mail contato@seculovida.com.br.
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